Compreensão, apoio e inclusão para uma vida com dignidade
No passado 24 de maio assinalou-se o Dia Mundial da Pessoa com Esquizofrenia, uma data dedicada a aumentar a consciencialização sobre esta doença mental crónica e grave, e a promover uma sociedade mais inclusiva e informada.
O que é a esquizofrenia?
A esquizofrenia é uma perturbação psiquiátrica complexa que afeta o pensamento, as emoções e os comportamentos. Em Portugal, estima-se que cerca de 48 mil pessoas vivam com esta condição. Os sintomas podem incluir delírios, alucinações, discurso desorganizado, isolamento social e alterações na perceção da realidade.
Apesar da sua gravidade, a esquizofrenia pode ser tratada com intervenções adequadas que envolvam medicação, psicoterapia, acompanhamento regular e suporte social. Um diagnóstico precoce e uma abordagem multidisciplinar são fundamentais para promover a estabilidade e prevenir recaídas.
Viver com esquizofrenia: desafios e possibilidades
Ter esquizofrenia não significa ausência de esperança ou de qualidade de vida. Com o apoio certo, muitas pessoas conseguem levar uma vida plena e digna, mantendo rotinas, vínculos afetivos e até atividades profissionais.
É essencial compreender que a doença não define a pessoa.
Tal como outras doenças crónicas, exige vigilância e cuidados contínuos, mas não deve ser motivo de exclusão ou discriminação.
O papel do apoio na saúde mental
A presença de uma rede de apoio sólida, composta por família, amigos e profissionais de saúde mental, tem um impacto direto na forma como a doença é gerida. O apoio emocional e prático ajuda a pessoa com esquizofrenia a manter-se ligada à realidade, a aderir ao tratamento e a encontrar motivação para o seu próprio bem-estar.
A empatia e o respeito são essenciais. Ouvir sem julgar, compreender os desafios e manter uma comunicação aberta são formas simples, mas poderosas, de ajudar.
Combater o estigma: uma responsabilidade coletiva
Infelizmente, ainda persiste um grande estigma associado à doença mental, em especial à esquizofrenia. Esta visão distorcida e muitas vezes alarmista contribui para o isolamento social e para o atraso no diagnóstico e tratamento.
Promover o conhecimento sobre a esquizofrenia é o primeiro passo para quebrar o estigma. Falar sobre saúde mental com naturalidade, desmistificar preconceitos e partilhar histórias de superação são formas de criar uma sociedade mais justa e consciente.