
O Défice de Atenção é uma perturbação que afeta muitas pessoas em todo o mundo. Provoca dificuldades em manter o foco e em controlar os impulsos.
Pode manifestar-se com ou sem hiperatividade. No primeiro caso, é denominado Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA), e no segundo, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
Embora esteja frequentemente associado à infância, o Défice de Atenção pode prolongar-se na vida adulta. Muitas vezes, as pessoas que o apresentam são vistas como distraídas, com a cabeça “nas nuvens” ou alheias ao que acontece ao seu redor.
No entanto, os sintomas vão muito além da falta de concentração. O Défice de Atenção resulta de uma disfunção neurológica que compromete o córtex pré-frontal, a área do cérebro responsável pela atenção, organização, controlo de impulsos e expressão de emoções. Esta disfunção ocorre, em parte, devido a uma deficiência do neurotransmissor dopamina.
Principais sintomas do Deficit de Atenção
- Dificuldade de concentração – As pessoas com DDA tendem a distrair-se com facilidade, seja por estímulos externos ou pensamentos internos, apresentando grande dificuldade em prestar atenção ou ouvir os outros.
- Esquecimento – A memória a curto prazo pode ser afetada, tornando o indivíduo propenso a esquecer-se de compromissos, prazos ou objetos pessoais.
- Impulsividade – As decisões impulsivas e o comportamento reativo são comuns, manifestando-se através de interrupções em conversas ou de atitudes apressadas, além de haver uma grande dificuldade em permanecer parado (desassossego).
- Inquietação ou agitação – Além de dificuldade em ficar parado, a pessoa pode demonstrar agitação, mexendo-se constantemente.
- Desorganização – A dificuldade em manter uma rotina estruturada, tanto no que diz respeito ao tempo como ao espaço, é um sinal distintivo, juntamente com a falta de objetivos claros e de planos para o futuro.
- Dificuldade em terminar tarefas – Manter o foco nas tarefas até a conclusão pode ser um desafio. Isso é particularmente evidente em atividades que exigem atenção prolongada, como estudos ou trabalho repetitivo.
- Dificuldade em manter relações sociais – A falta de atenção e impulsividade pode interferir na capacidade de manter conversas ou relacionamentos saudáveis, causando mal-entendidos ou frustrações nos outros.
Causas e Fatores de Risco
A causa exata do Défice de Atenção ainda não está totalmente esclarecida. No entanto, os especialistas acreditam que uma combinação de fatores genéticos, ambientais e neurológicos contribui para o seu desenvolvimento.
Tratamento do Déficit de Atenção
- Terapia Comportamental – A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é amplamente utilizada para ajudar a pessoa a desenvolver estratégias para melhorar a atenção, organização e controlo emocional.
- Medicação – Em muitos casos, os médicos podem prescrever medicamentos estimulantes, que ajudam a aumentar a atividade de neurotransmissores no cérebro, melhorando a capacidade de concentração.
- Intervenção Educacional – No caso de crianças, o suporte escolar é crucial. Procurar por programas educacionais personalizados, que utilizem métodos de ensino diferenciado.
- Apoio Familiar – Os pais devem ser orientados sobre como apoiar a criança a lidar com os desafios do dia-a-dia, desenvolvendo estratégias para melhorar a organização e reduzir a distração.
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Dra. Joana Coelho
A Dra. Joana Coelho é especialista em Neuropediatria na Unisana Hospitais – Hospital do Oeste Soerad. Com ampla experiência na identificação e diagnóstico de cefaleias, epilepsia, doenças neuromusculares e neurovasculares, assim como em perturbações do espetro do autismo e PHDA.


