
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o cancro da mama é o tipo de cancro mais frequente entre as mulheres portuguesas e uma das principais causas de mortalidade por cancro no sexo feminino.
Quando detetado precocemente, ou seja, no estado infraclínico (sem sintomas e não palpável), este tumor maligno tem maior probabilidade de estar confinado à mama, sem metástases (não se espalhou para outras partes do corpo). Nestes casos, o tratamento é mais conservador e o prognóstico muito mais favorável.
Ferramentas para Detetar o Cancro da Mama
A medicina dispõe de várias técnicas para diagnosticar o cancro da mama numa fase inicial:
- Mamografia digital (com ou sem Tomossíntese Digital): A mamografia é uma radiografia das mamas realizada com baixa dose de radiação. Este exame utiliza um equipamento especializado e é conduzido por Técnicas de Radiologia experientes. Para deteção precoce, recomenda-se a realização de mamografias regulares. Segundo o American College of Radiology (ACR), mulheres sem sintomas e sem histórico familiar devem começar aos 40 anos e realizar exames anuais até aos 75 anos.
- Como funciona: A mamografia é realizada com compressão mamária, geralmente bem tolerada pela maioria das mulheres. É considerada o “gold standard” na imagiologia mamária.
- Tomossíntese: Técnica mais recente que permite obter imagens volumétricas da mama. É especialmente útil em mamas densas ou com cicatrizes.
- Ecografia Mamária: A ecografia utiliza ultrassons para obter imagens da mama. É um exame inócuo, sem radiação ionizante, sendo ideal para:
- Mulheres jovens (primeira linha de avaliação).
- Estudo complementar em mamas densas a partir dos 40 anos.
- Ressonância Magnética (RM) Mamária: A RM utiliza campos magnéticos para criar imagens detalhadas. Este método é muito sensível, mas é mais caro e de acesso mais limitado. É usado sobretudo em:
- Estadiamento local do cancro da mama.
- Casos duvidosos ou suspeitos após mamografia ou ecografia.
- Biópsias Mamárias: As biópsias podem ser realizadas com mamografia, ecografia ou, em casos específicos, com ressonância magnética. A ecografia é o método mais comum para guiar estas biópsias.
Sintomas e sinais de alerta do cancro da mama
É fundamental conhecer os sinais que podem indicar a presença de cancro da mama:
- Nódulo palpável na mama ou na axila
- Alterações no tamanho ou formato da mama
- Vermelhidão, espessamento ou rugosidade na pele da mama.
- Inversão do mamilo ou secreção anormal.
- Retracção cutânea ou corrimento sanguinolento.
Se notar algum destes sintomas, procure a nossa equipa clínica para uma avaliação detalhada e, se necessário, exames complementares.
Fatores de risco e rastreio
O rastreio é essencial, especialmente para mulheres com fatores de risco, como:
- Idade acima dos 40 anos.
- História familiar de cancro da mama ou ovário.
- Mutações genéticas (BRCA1 e BRCA2).
- Terapia hormonal pós-menopausa.
- Exposição prolongada a radiação no tórax.
Na Unisana Hospitais, , oferecemos programas de rastreio personalizados, adaptados ao seu perfil de risco. As nossas equipas nos Hospitais de Almada e Torres Vedras estão prontas para a acompanhar desde a marcação de consultas até à realização dos exames necessários.
O que fazer em caso de sintomas ou fatores de risco
Se identificou algum sintoma ou apresenta fatores de risco, é importante agir sem demora. Marque uma consulta diretamente nas nossas unidades ou preencha o formulário de marcação disponível aqui.
A deteção precoce é essencial para garantir melhores resultados no tratamento e um acompanhamento personalizado.
Dr. Melo Gomes
O Dr. Melo Gomes é especialista em Radiologia na Unisana Hospitais – Hospital do Oeste Soerad. Com uma vasta experiência na detecção e diagnóstico de patologias mamárias, tem vindo a aplicar as mais avançadas técnicas de imagem no acompanhamento de pacientes, oferecendo sempre um serviço de excelência.